André Irulegui antevê o Mirandela que se desloca a Santo Tirso neste domingo às 15h00, para o duelo da 16.ª jornada do Campeonato de Portugal frente ao FC Tirsense.

O SC Mirandela vem de um grande jogo contra o CDC Montalegre. Que trabalho fez esta semana para repetir a receita contra o FC Tirsense?

Assim como não alterei nada em relação ao CDC Montalegre também nada alterei para o FC Tirsense em termos de rotina. Mantive a dinâmica de treino, preparação ao jogo e abordagem ao adversário.

No futebol como na vida, quando ameaçados pelas circunstâncias precisamos reagir e não paralisar ou lamentar. Havia uma componente emocional muito forte neste jogo e trabalhei em cima disso.

Sabemos que o futebol não é uma ciência exata, mas é minha obrigação manter esse aspeto emocional e mental elevado dos meus jogadores para que aliados a qualidade e ao trabalho possamos repetir mais vezes atuações como essa.

A pressão dos resultados continua alta ou com a vitória do último fim de semana já pode respirar um pouco melhor?

A vitória era necessária e foi importante, mas nesse campeonato não há tempo para respirar e nem queremos isso.

É a pressão que nos faz andar.

Nisto quem não andar no limite é comido.

A Serie A do Campeonato de Portugal tem se mostrado muito equilibrada do primeiro ao último lugar, na sua opinião a que se deve este equilíbrio?

O jogador será sempre o fator determinante que define o equilíbrio e a qualidade de um jogo ou competição, porém nota-se claramente que há uma preocupação maior no estudo e encaixe ao adversário por parte das equipas técnicas. Isto obriga-nos a sermos cada vez mais criativos. Alterar dinâmicas sem alterar o modelo é realmente um grande desafio semanal.

Estamos sempre á procura de colocarmos algo diferente no nosso jogo sem perdermos nossa essência. Em resumo, penso que há uma grande preocupação das equipas na abordagem ao adversário á procura de dificultar suas ações e isso torna os jogos mais equilibrados.

Todos os jogos são finais, que mensagem deixa aos nossos sócios e adeptos?

Que acreditem no trabalho dos meus jogadores e na sua dedicação.

As coisas nem sempre correm bem, mas nunca foi por falta de entrega ou vontade.

Meus jogadores são muito humildes e honestos no que fazem e cada passo que damos em frente é arrancado a ferros.

O treinador será sempre o maior responsável, compreende e aceita toda e qualquer critica pela frustração de um mau resultado. Com trabalho e união tudo fica mais fácil e possível.